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domingo, 16 de junho de 2013

3ª Arte - Pintura

A pintura refere-se à técnica de aplicar pigmento em forma líquida a uma superfície, a fim de colori-la, atribuindo-lhe matizes, tons e texturas.
A história do desenho começa provavelmente ao mesmo tempo que a do ser humano.

Paleolítico - 40 mil a 10 mil a.C. - arte rupestre
O homem pré histórico marcou na rocha seres humanos, animais, plantas, elementos do seu mundo, expressando de uma forma intensa as suas vivências.
Como suporte utilizou as paredes das grutas ou superfícies rochosas ao ar livre. Com pigmentos naturais representou baixos relevos, gravuras, impressões e pinturas.
O naturalismo das representações figurativas sugere uma relação com a magia e a preocupação do homem com a sua sobrevivência.
Das temáticas desenvolvidas podemos salientar: desenho de animais, geralmente de perfil e com grande realismo; a figura humana, muito estilizada; e signos diversos, nem sempre identificados.
Dos contornos ao tratamento das massas e do movimento, na sua simplicidade, estes desenhos revelam criatividade, dinamismo e qualidade plástica.
Pintura do Paleolítico - Gruta de Lascaux Dordonha, França



Neolítico - 8000 a.C.

No Neolítico, novos hábitos, novos costumes, novas formas culturais e novas concessões religiosas e do mundo deram lugar a uma renovação artística generalizada.
Assistimos à decadência do naturalismo animalista e ao desenvolvimento duma arte abstrata, criando imagens que devem ser entendidas num sentido mais geral.
Os desenhos tornam-se cada vez mais esquemáticos, estilizados e dinâmicos, numa tendência geral para a abstração a presença da figura humana, rara no período anterior, agora é constante e abundante.




ANTIGUIDADE

Civilizações Agrárias - Egito e Mesopotâmia - Uma arte para a eternidade

A partir do IV Milénio a.C. a região do Mediterrâneo vai ser palco dos primeiros esforços de evolução do homem tanto no domínio das realidades materiais como espirituais. Aqui vão desenvolver-se as primeiras civilizações no seio das bacias hidrográficas dos grandes rios Tigre e Eufrates — a Mesopotâmia – e Nilo — o Egito. Foi aqui que surgiram as primeiras religiões propriamente ditas, assim todas as manifestações artísticas estavam relacionadas com o culto dos mortos ou com as cerimónias litúrgicas.
Ambas as culturas se regeram por uma mesma conceção mágica da figura e do espaço, segundo a qual a imagem devia duplicar aquilo que representava. Para atingir a plenitude mágica da representação, os artistas destas culturas convencionaram representar as figuras não através de uma “visão real” do que observavam, mas pelo que conheciam delas - realismo concetual — a finalidade era mostrar os elementos fundamentais de uma pessoa, daí as figuras humanas serem desenhadas seguindo um determinado conjunto de convenções formais:


Pormenor do Livro dos Mortos por volta de 1300 a. C encontrado num túmulo
Fragmento do livro dos mortos de Tebas - Egito, C/ 1000 AC

  • Lei da frontalidade (com a cabeça e os membros de perfil, enquanto os olhos e o corpo surgiam de frente) lei da frontalidade .
  • Hierarquização religiosa (as figuras com maior importância social deviam ter uma dimensão superior às restantes)
  • Bidimensionalidade (sem sugestão de profundidade)
  • Representação das figuras em séries lineares, sem sobreposição.
  • Ambas as culturas distribuíam as representações em bandas horizontais sucessivas, substituindo o modo anárquico que se usava até então.


Antiguidade Clássica - 1000 a.C. a 476 d.C - Civilizações grega e romana.

No século V a. C., Atenas democrática de Péricles representa o culminar de um tempo histórico e artístico da Grécia, a primeira civilização da Antiguidade Clássica, da qual somos herdeiros.
O objetivo final da arte era a procura de unidade, beleza e harmonia universais, suportadas, é claro, por uma filosofia que buscou a relação do Homem com o divino, com o mundo e a sua origem, com a vida e a morte e com a dimensão interior do próprio homem – valores que hoje designamos por Classicismo.
É na escultura que, de forma imediata e lógica, nos apercebemos da verdade da frase de Protágoras que dizia: “ O Homem é a medida de todas as coisas”.
Entre as artes, a da pintura é sem dúvida a mais rapidamente perecível no tempo, devido à fragilidade das tintas e dos suportes usados. Eis a razão porque até muito tarde se desconheceu quase por completo a pintura mural grega e até a romana.
O mais importante conjunto de toda a Antiguidade que conhecemos é proveniente de Pompeia e Herculanum. Trata-se, na sua grande maioria, de pinturas murais foram produzidas desde os últimos anos do séc.I a.C. até, obviamente à data da erupção do Vesúvio, em 79 d.C.
A descoberta do realismo que a arte helenística evidenciou exprimiu-se de igual modo na pintura. Os gregos foram dos primeiros a explorar a noção de reentrância e saliência das imagens e o gosto pela ilusão pictórica da profundidade.
Nas pinturas de Pompeia a representação é precisa com pormenores formais, revela, por vezes, uma observação realista e introduz as perspetivas arquitetônicas, desenvolve a ilusão do espaço real (trompe le oeil) construindo paisagens ilusionísticas e espaços irreais onde o pitoresco e a fantasia contribuem para a criação de ambientes de profunda exuberância e fantasia.
As técnicas mais utilizadas são o mosaico e a encáustica (técnica à base de diluição de pigmentos em cera derretida) e a pintura a fresco (pintura sobre reboco de gesso fresco e úmido) que encontramos na decoração das paredes do interior das habitações.
Pintura mural a fresco representa cenas do Culto de Dionísio, Villa dos Mistérios, Pompeia, c.50 a. C.



Idade Média - século V a séc. XV

A “queda do Império Romano”, decorrendo da transformação de “um império pagão” num “império cristão”, desenvolveu-se ao longo de mais de um século. A Europa ganhou forma, fortaleceu-se, enriqueceu-se e foi então que nasceu e floresceu uma arte propriamente europeia. Numa sociedade fortemente hierarquizada, “o essencial da criação artística desenvolvia-se em torno do altar, do oratório, do túmulo” , São Francisco de Assis afirmava que as igrejas deviam ser ricamente ornamentadas, e Santo Agostinho referia que a cidade dos homens já não era a “expressão da razão”.
Neste contexto a imagem despojou-se da matéria e da sua relação naturalista com o mundo, para se converter em Símbolo. A plástica clássica, de ordem racional e naturalista, foi destruída e substituída por uma representação conceitual e imaterial.
Perde-se o sentido do volume e da perspetiva, reduz-se as formas a superfícies planas, pois cada coisa ou ser é visto na sua essência, em função de uma ordem moral e ideológica, pedagógica e transcendente.

Pinturas românicas de Igrejas.
A Iluminura — A Pintura sobre livros sagrados desenvolveu-se ligada à tradição monástica, pois era nos scriptoria das catedrais ou dos mosteiros e conventos que se copiavam os livros manuscritos. Eram os próprios monges copistas que se encarregavam de ilustrar essas obras, com desenhos pintados onde fantasiosamente se misturavam pessoas, animais, elementos vegetalistas estilizados e formas geométrico-abstratas de elevado sentido decorativo.




Idade Média - A eclosão gótica - séculos XIII e XIV

Devido a uma série de condicionantes, a Europa Ocidental viveu, entre o século XII e o século XV, tempos ora de renovação, ora de recessão:
O século XIII foi o culminar duma fase expansionista; uma conjuntura económica dinâmica impôs-se e refletiu - se na sociedade, no poder político, nas instituições e na intelectualidade — teremos a Europa das cidades, das catedrais e das universidades.
O século XIV viveu a recessão, guerras, pestes e fomes cobriram a Europa que só recuperou no século XV, com o Renascimento.
A pintura evoluiu do românico para o Gótico a partir do século XIII;
Nas catedrais, o vitral vem ocupar o lugar das pinturas murais e nos retábulos a pintura revela-se numa riqueza cromática onde predominam os azuis, os vermelhões e os dourados;
Assiste-se ao ressurgimento do realismo e do interesse pela representação do espaço, sendo o fundo repleto de formas humanas e animais, de alguns apontamentos da Natureza e de arquitetura.
Giotto di Bondone (c.1266-1337) em Itália e os pintores do norte da Europa (pintura flamenga) como Jan van Eyck (c. 1390—1441) estiveram na origem desta renovação plástica de regresso ao realismo e à perspetiva e à humanização do espaço pictórico.

O Casamento de Arnolfini, Jan van Eyeck, National Gallery, Londres, Inglaterra, 1934.


Idade Moderna - século XV a XVIII

O Renascimento


Com a dissipação da época medieval emergiu um novo espírito alicerçado no renascimento do Humanismo e do Classicismo antigo greco-romano. Foi neste contexto que arquitetos, escultores, pintores e eruditos italianos tentaram superar as tentativas de reconciliação da fé cristã com o pensamento clássico iniciado pelos teólogos do século XIII, elaborando uma nova arte tão clássica quanto cristã.
A cidade italiana de Florença beneficiou de uma situação económica muito favorável e de um conjunto de artistas e mecenas notáveis, [onde se destacou Lourenço de Médicis, (1449-1492)] que contribuíram para a eclosão do Renascimento nesta cidade.
O Homem, unidade de todas as medidas.
Para Leonardo da Vinci a forma do corpo humano encerrava a essência da “forma ideal” - a geometria perfeita do círculo e do quadrado — e continha as relações ideais da proporcionalidade.
A Arte enquadrava-se, assim, num sistema de pensamento antropocêntrico, isto é, um sistema que considerava o Homem como centro do Universo e unidade de todas as medidas.

As Proporções da Figura Humana a partir de O Homem de Vitrúvio, Leonardo da Vinci, Galleria dell’Accademia, Veneza, 1490.
O Renascimento - A Perspectiva



O artista renascentista submeteu, portanto, o sensorial ao racional, daqui resultando uma necessidade de traduzir o mundo tal como era percepcionado pelos olhos. Para tal serviu-se de instrumentos que permitiam uma obra de verdade, de perfeição e de imitação da natureza — a pintura a óleo e a perspetiva linear.
O atual conceito de perspetiva nasceu no Renascimento. Na sua etimologia latina, perspetiva deriva de perspicere, “ver claramente”, que é o equivalente do grego optiké, “ótica”. Este método possibilita a representação do espaço e das figuras nele inseridas de modo rigoroso e racional.
Foram vários os artistas que se dedicaram a aprofundar os conhecimentos sobre a perspectiva, a geometria e a matemática, tendo deixado escritos e tratados, construído máquinas de desenho e aplicado nas suas obras as regras de construção rigorosa da perspectiva.




Desenho de Brunelleschi, Projeto da Igreja do Espírito Santo, 1442-1487, Florença. À direita, imagem do interior da Igreja atualmente.

Máquinas de desenho

Além do método geométrico de representação em perspetiva, no século XV muitos artistas inventaram as “máquinas de desenho” para auxílio nas suas representações no terreno.


Albrecht Dürer. Quadrícula, xilo-gravura c.1525. Florença, Gabinetto Disegni e Stampe degli Uffizi.


A Perspetiva na pintura

A experiência de Brunelleschi teve grandes repercussões, pois, de imediato, outros artistas começaram a estudar e a aplicar a perspetiva nas suas obras.




Estudo de Perspetiva para o Plano de Fundo de “A Adoração dos Magos”, Leonardo da Vinci, Galleria degli Uffizi, Florença, Itália, c. 1481.



A Flagelação de Cristo, Piero della Francesca, Galleria Nazionale delle Marche, Urbino, 1444-1450.

Masaccio (1401 – 1428) foi outro grande pintor renacentista que também começou a empregar as técnicas de perspetiva, a dar ilusão de volume. Utilizou várias técnicas de perspetiva, ou seja, técnicas para dar ao espetador a ilusão de que a cena era real, que teria 3 dimensões. Pintou esta obra diretamente na parede da igreja, mas na realidade parece um nicho feito na parede. Esta ilusão chama-se trompe l´oeil, uma técnica que tinha sido muito utilizada pelos romanos.



A Trindade com a Virgem, S. João Evangelista e Doadores, Masaccio, Igreja de Santa Maria Novella, Florença, Itália, c. 1420.



As vanguardas do século XX

O Cubismo

O Cubismo foi um dos movimentos mais importantes para a História da Arte do século XX.
Os seus criadores, Pablo Picasso (1881—1973) e Georges Braque (1882—1963), iniciaram pesquisas no sentido de encontrar novos métodos e técnicas de representação formal e espacial que ultrapassassem as regras clássico-renascentistas, fundamentadas nas três dimensões do mundo físico e nas leis da perspetiva.
Em vez de representar o motivo (objeto, pessoa, paisagem) tomado de um único ponto de vista, como nas representações usuais, resolveram fazê-lo sob vários pontos de vista na mesma representação (perspetivas múltiplas), associando às três dimensões do mundo físico uma quarta, o tempo.
Ao consegui-lo, Braque e Picasso iniciaram uma das maiores revoluções da História da Arte, derrubando os conceitos tradicionais de forma e de espaço e abrindo caminho à arte abstrata e a numerosas outras renovações estético-artísticas dos séculos XX e XXI.

Georges Braque, Casas em Estaque, 1908.

“Todos nós sabemos que a arte não é a verdade. A arte é uma mentira que nos ensina a compreender a verdade, pelo menos aquela verdade que nós, como homens, somos capazes de compreender”. Picasso, Diálogo com Zervos em Cahier d’Art, 1935


Guernica, 1937, óleo s/ tela, Pablo Picasso (1881—1973)


A persistência da memória (1931), de Salvador Dalí.

O Surrealismo foi, cronologicamente, o último movimento da vanguarda europeia do início do século XX. Note como André Breton (1896 – 1966), autor do primeiro manifesto surrealista, definiu o movimento:


Surrealismo, s.m. Automatismo psíquico pelo qual alguém se propõe exprimir, seja verbalmente, seja por escrito, seja de qualquer outra maneira, o funcionamento real do pensamento.

“O Surrealismo não é um estilo. É o grito da mente que se volta para si mesma.” Assim o ator e escritor Antonin Artaud definiu essa vanguarda.

Fortemente ligado às artes visuais, o Surrealismo é uma vanguarda interessada em adquirir um maior conhecimento do ser humano. Seus seguidores pretendem, por meio da valorização da fantasia, do sonho, do interesse pela loucura, liberar o inconsciente humano, terreno fértil e ainda muito pouco explorado.

O fascínio pelo inconsciente e por todas as formas que vão além da realidade objetiva aproxima os surrealistas da teoria psicanalítica de Sigmund Freud.



O movimento expressionista é bastante influenciado pela Primeira Guerra Mundial, e seus quadros ressaltam um lado obscuro da humanidade, retratando faces marcadas pela angústia e pelo medo. A mais conhecida tela expressionista é O grito, de Edvard Munch.

O grito (1893), de Edvard Munch

O Dadá vem para abolir de vez a lógica, a organização, o olhar racional, dando à arte um caráter de espontaneidade total. A falta de sentido já é anunciada no nome escolhido para a vanguarda. Dizia Tzara que dada, palavra que encontrou casualmente num dicionário, pode significar: rabo de vaca santa, mãe; certamente; ama-de-leite. Mas acabou afirmando, no movimento dadaísta: DADÁ NÃO SIGNIFICA NADA.

O principal problema de todas as manifestações artísticas está, segundo os dadaístas, em almejar algo impossível: explicar o ser humano. Em mais uma afirmação retumbante, Tzara decreta: “A obra de arte não deve ser a beleza em si mesma, porque a beleza está morta.”




Futurismo

O futurismo é um movimento artístico e literário surgido oficialmente em 20 de fevereiro de 1909, com a publicação do Manifesto Futurista, do poeta italiano Filippo Marinetti, no jornal francês Le Figaro. A obra rejeitava o moralismo e o passado. Apresentava um novo tipo de beleza, baseado na velocidade e na elevação da violência.

O slogan do primeiro manifesto futurista de 1909 era “Liberdade para as palavras”, e considerava o design tipográfico da época, especialmente em jornais e propaganda. A diferença entre arte e design passa a ser abandonada e a propaganda é escolhida como forma de comunicação.

O novo é uma característica tão forte do movimento, que este chegou a defender a destruição de museus e de cidades antigas. Considerava a guerra como forma de higienizar o mundo.

O futurismo desenvolveu-se em todas as artes, influenciando vários artistas que posteriormente instituíram outros movimentos modernistas. Repercutiu principalmente na França e na Itália, onde vários artistas, entre eles Marinetti, se identificaram com o fascismo.

O futurismo enfraqueceu após a Primeira Guerra Mundial, mas seu espírito rumoroso e inquieto refletiu no dadaísmo, no concretismo, na tipografia moderna e no design gráfico pós-moderno.

A pintura futurista recebeu influência do cubismo e do abstracionismo, mas utilizava-se de cores vivas e contrastes e a sobreposição das imagens com a pretensão de dar a ideia de dinamismo.


Conceito de desenho


É a representação de formas sobre uma superfície, por meio de linhas, pontos e manchas, com objetivo lúdico, artístico, científico ou técnico.

O desenho é uma das formas mais diretas de comunicação e uma das primeiras formas de expressão desenvolvidas pelo ser humano. Toda criança desenha naturalmente, antes de aprender a escrever.



Desenhar é muito útil. Usamos o desenho para contar histórias, registrar ideias, fazer mapas, entre outras coisas. Quando desenhamos damos vida à imaginação, criamos um mundo novo, expressamos nossos sentimentos e nos divertimos!

Cada pessoa tem uma maneira especial de desenhar. Alguns têm mão firme e usam uma linha forte e única. Outros vão aos poucos descobrindo os caminhos, traçando linhas fracas e imprecisas, até encontrar uma forma final.

O desenho é, enfim, uma linguagem. Todas as pessoas sabem desenhar. É só ser espontâneo, não ter medo. Solte-se, experimente o prazer de ver o lápis correr livre sobre a folha e vá aos poucos descobrindo para onde quer ir. E lembre-se; não existem desenhos certo ou errado. Além disso, quanto mais você praticar, mais se sentirá a vontade para criar novos desenhos.









Por que se desenha

Os desenhos são úteis para muitas coisas; desenhamos em diversas ocasiões e com diferentes finalidades. Podemos desenhar para mostrar graficamente algo que queremos realizar, para conhecer melhor a realidade, para guardar ou transmitir informação, ou simplesmente com uma forma de expressão artística.

Para projetar

Em algumas ocasiões, desenhamos para registrar no papel ou em outra superfície as formas básicas de algo que queremos realizar ou um quadro que queremos pintar.






Para descrever a realidade
Quando queremos representar seres e objetos, em geral os observamos atentamente, para captar suas formas e compreender sua estrutura.
Além disso, precisamos encontrar um modo de registrar graficamente tudo o que analisamos. Para fazer uma pintura ou uma escultura, às vezes é necessário realizar rascunhos e estudos a partir da natureza, de objetos ou de pessoas, que utilizamos com modelo.



Para guardar e transmitir informação

As ilustrações que acompanham todo tipo de texto, em jornais, revistas, livros escolares, etc., complementam as informações do texto. Por exemplo, o desenho científico mostra a informação destacando o que é mais importante, organizando as formas de maneira que sejam vistas com facilidade e eliminando o que não interessa, como quando representamos as partes de uma planta. Isso é algo que não se pode conseguir tão facilmente com a fotografia.




Como forma de expressão artística

O desenho também é uma forma de expressão artística independente, que tem sua própria linguagem, seus próprios materiais e sua história.




Materiais

O desenho possui uma especial, particular em sua forma de comunicar uma ideia, uma imagem, um signo, através de determinados suportes: papel, cartolina, lousa, muros, chão, areia, madeira, pano, utilizando determinados instrumentos: lápis, cera, carvão, giz, pastel, canetas hidrográficas, bico de pena, vareta, pontas de toda espécie.

O lápis é a principal ferramenta de desenho, com ele podemos representar qualquer tema da realidade. Apesar de ser o mais humilde de todos os materiais encontrados para o desenvolvimento das artes plásticas. Oferece uma ampla gama de recursos. Além dele, precisamos apenas de uma folha de papel para criar qualquer representação artística. Trata-se, sem dúvida, do elemento mais criativo, mais simples e completo que existe. Seu grande poder reside na possibilidade de fazer desde um traço limpo e fino, até o mais sutil dos esfumados.
O carvão é o mais antigo material de desenho usado pelo homem. Obtido da combustão controlada de pequenos ramos de uma árvore ou arbusto, é sem dúvida o mais antigo material de desenho usado pelo homem.





Tipos de desenhos

Desenho de observação:


Consiste na observação de um objeto, ou figura de animais, vegetais ou figura humana, natureza morta ou paisagens, a fim de passar para o papel o que foi observado.









Desenho de memória:

O desenho de memória consiste em memorizarmos algo, e depois sejamos capaz de recriá-lo, sem precisar estarmos em sua presença.






Desenho falado

O desenho falado consiste em reproduzir fielmente o que está sendo narrado, ou seja, o desenhista tenta buscar ao máximo de perfeição ao conteúdo narrado.



Desenho de imaginação

O desenho de imaginação consiste em reproduzirmos uma determinada situação, apenas usando a nossa capacidade imaginativa.




O ato de desenhar exige poder de decisão. O desenho é a revelação. Ao desenhar nos apropriamos do objeto desenhado, revelando-o. O desenho responde a toda forma de estagnação criativa.

Seja no significado mágico que o desenho assumiu para o homem das cavernas, seja no desenvolvimento do desenho para a construção de maquinários no início da era industrial, seja na sua aplicação mais elaborada para o desenho industrial e a arquitetura, seja na função de comunicação que o desenho exerce na ilustração, na história em quadrinhos, o desenho reclama a sua autonomia e sua capacidade de abrangência com meio de comunicação, expressão e conhecimento.

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