As histórias em quadrinhos (HQs), a arte de narrar uma história por meio de sequências de desenhos ou figuras, são bem antigas. Sua origem remonta à Pré-História, nas chamadas pinturas rupestres, desenhos que mostravam cenas do cotidiano nas paredes de grutas e cavernas. No Egito, foram encontrados desenhos e hieróglifos em baixo-relevo contando a vida dos faraós. Outras narrativas representadas por figuras são comuns à via-sacra, às tapeçarias medievais, aos vitrais góticos e aos livros ilustrados de diversas épocas. A origem dos balões presentes nas histórias pode ser atribuída aos filactérios, faixas com palavras escritas junto à boca dos personagens, observadas em ilustrações europeias desde o século XIV. Foi a partir do século XIX que o texto começou a acompanhar o desenho. As histórias em quadrinhos são conhecidas como "histórias aos quadrinhos" em Portugal; como "comics" nos Estados Unidos; como "fumetti" na Itália; como "bandes dessinées" na França; e como "mangás" no Japão.
Agora, pensando no sentido mais moderno do termo histórias em quadrinhos, esse tipo de produção literária começou de maneira definitiva pelas mãos do artista norte-americano Richard Outcault, em 1895.
As primeiras manifestações das Histórias em Quadrinhos surgiram no começo do século XX, na busca de novos meios de comunicação e expressão gráfica e visual.
Entre os primeiros autores das histórias em quadrinhos estão o suíço Rudolph Töpffer, o alemão Wilhelm Bush, o francêsGeorges, e o brasileiro Angelo Agostini.
No Brasil
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Tira do Zé Caipora |
Mais tarde em 1905, sentindo falta de uma revista para o “pessoalzinho miúdo” como eram chamadas as crianças na época, viu-se nascer umas das revistas precursoras dos quadrinhos no Brasil, a famosa O Tico-Tico, revista hoje muito procurada por colecionadores, lançada pelo jornalista Luís Bartolomeu de Souza e Silva em 11 de outubro de 1905, impressa pela editora O Malho em papel jornal e que era vendida pelo preço de 200 réis, moeda da época.
Não era uma revista totalmente dedicada a quadrinhos, no máximo eram 4 ou 5 páginas dedicadas ao assunto, mas que ficou marcada pela passagem de grandes artistas nacionais como o próprio Ângelo Agostini, e também por personagens genuinamente nacionais como o trio Reco-Reco, Bolão e Azeitona. Foi a primeira revista a publicar personagens norte-americanos como o rato Mickey, que no Tico-Tico era chamado de Ratinho Curioso, O Gato Félix e vários outros. Foi uma das revistas mais duradouras do segmento, de 1905 até sua extinção nos anos 70. Atualmente todos seus exemplares foram digitalizados e se encontram no site da Hemeroteca Digital Brasileira.
Permaneceu sozinha no mercado até 1929 quando teve seu mercado ameaçado pelas outras revistas Mundo Infantil da editora Vecchi e A Gazeta Infantil do jornal A Gazeta, mas rival a altura mesmo apareceu somente em 1934 com o surgimento do Suplemento Juvenil de Adolfo Aizen em 1934 e do O Globo Juvenil de Roberto Marinho em 1938, o mesmo dono da Rede Globo. Foram essas duas novas revistas as verdadeiras precursoras dos quadrinhos americanos no Brasil, o sucesso foi tão grande que tiragens enormes foram impressas, o que diferenciava o Suplemento Juvenil e O Globo Juvenil do Tico-Tico era que suas páginas eram compostas 100% por quadrinhos e tinham a vantagem desleal dos personagens americanos.
Se você é um grande admirador dos quadrinhos não deve deixar de pesquisar esses nomes que foram fundamentais na entronização de tais personagens como Roberto Marinho, Victor Civita da Editora Abril, Assis Chateaubriand da Editora Cruzeiro e principalmente Adolfo Aizen da Editora Ebal. A disputa pelo mercado era principalmente entre Roberto Marinho que tinha os direitos dos personagens muito famosos na época como O Fantasma e Mandrake, o Mágico, criações de Lee Falk, enquanto Aizen dispunha de personagens como Batman, na época chamado de Morcego Negro, Superman, Tarzan e os personagens Disney.
Se você é um grande admirador dos quadrinhos não deve deixar de pesquisar esses nomes que foram fundamentais na entronização de tais personagens como Roberto Marinho, Victor Civita da Editora Abril, Assis Chateaubriand da Editora Cruzeiro e principalmente Adolfo Aizen da Editora Ebal. A disputa pelo mercado era principalmente entre Roberto Marinho que tinha os direitos dos personagens muito famosos na época como O Fantasma e Mandrake, o Mágico, criações de Lee Falk, enquanto Aizen dispunha de personagens como Batman, na época chamado de Morcego Negro, Superman, Tarzan e os personagens Disney.
Nos anos 30, 40 e 50 que são chamados os Anos Dourados dos Quadrinhos nunca se vendeu tantas revistas, e dificilmente as vendas de hoje atingem os números daquela época, novidades como o surgimento da televisão no Brasil nos anos 60, com certeza é um fator da queda de popularidade dos quadrinhos no Brasil e nos Estados Unidos.
OS TRÊS CARTUNISTAS PRODUZIRAM EM CONJUNTO AS AVENTURAS DE LOS TRÊS AMIGOS (SÁTIRA WESTERN COM TEMÁTICAS BRASILEIRAS) E SEPARADOS RENDERAM PERSONAGENS COMO RÊ BORDOSA, GERALDÃO E OVERMAN E PIRATAS DO TIETÊ.
A FOLHA TAMBÉM PUBLICA TIRAS DE CACO GALHARDO (PESCOÇUDOS) E FERNANDO GONSALES) (NÍQUEL NÁUSEA).
MUITAS PUBLICAÇÕES INDEPENDENTES(FANZINES)COMEÇARAM A CIRCULAR,APROVEITANDO O BOOM DAS HQS NO PAÍS EM MEADOS DOS ANOS 1980,CAUSADO PELO SUCESSO DA IMPORTAÇÃO DA PRODUÇÃO INTERNACIONAL DO MATERIAL INOVADOR QUE DERA FORMA A CHAMADA ERA DE BRONZE DOS QUADRINHOS.
UMA DESSAS PUBLICAÇÕES DE GRANDE SUCESSO FOI O FANZINE SAGA, QUE INOVOU NA ÉPOCA, AO TRAZER IMPRESSÃO EM PROFISSIONAL E CAPAS COLORIDAS,COISA TOTALMENTE ANORMAL,PARA UM FANZINE, QUE POR REGRA ERA FEITO EM COPIADORAS COMUNS.
ALEXANDRE JURKEVICIUS E SEU PERSONAGEM PERALTA, A. LIBRANDI ATUA NA ÁREA DE PROMOÇÃO E WALTER JUNIOR CONTINUA ILUSTRANDO.
PUBLICADO AS AVENTURAS DE LEÃO NEGRO, DE CYNTHIA E OFELIANO DE ALMEIDA, DIVIDIDAS EM TIRAS DO JORNAL O GLOBO, UM ÁLBUM PUBLICADO NO BRASIL E EM PORTUGAL E REVISTAS E FANZINES ESPECIALIZADOS.
ANOS 1990.
A HISTÓRIA EM QUADRINHOS NO BRASIL GANHOU IMPULSO COM A REALIZAÇÃO DA 1.A E 2.A BIENAL DE QUADRINHOS DO RIO DE JANEIRO EM 1991 E 1993, E A 3.A EM 1997 EM BELO HORIZONTE. ESTES EVENTOS, REALIZADO EM GRANDE NÚMERO DOS CENTROS CULTURAIS DA CIDADE, EM CADA VERSÃO CONTOU COM PÚBLICO DE ALGUMAS DEZENAS DE MILHARES DE PESSOAS, COM A PRESENÇA DE INÚMEROS QUADRINISTAS INTERNACIONAIS E PRATICAMENTE TODOS OS GRANDES NOMES NACIONAIS, EXPOSIÇÕES CENOGRAFADAS, DEBATES, FILMES, CURSOS, RPG E TODOS OS TIPOS DE ATIVIDADES. EM 1995, A EDITORA ABRIL JOVEM, SOB A DIREÇÃO EDITORIAL DE ELIZABETH DEL FIORE, ASSINA CONTRATO COM OS ILUSTRADORES JÓTA E SANY, AUTORES DO GIBI TURMA DO BARULHO, CUJO UNIVERSO, DIAGRAMAÇÃO E O DESIGN DAS PERSONAGENS, INOVAVAM EM RELAÇÃO AOS OUTROS PERSONAGENS DA ÉPOCA.
ATRAVÉS DE UMA LINGUAGEM IRREVERENTE, TOBY, BABI, MILU, KID BESTÃO, BOBI, ENTRE OUTROS, VIVIAM AVENTURAS DENTRO DE UM AMBIENTE ESCOLAR LONGE DE SER POLITICAMENTE CORRETO, ONDE OS ROTEIROS ERAM DESENVOLVIDOS A PARTIR DA IDÉIA O HUMOR PELO HUMOR.O GIBI TURMA DO BARULHO FOI UM DOS LANÇAMENTOS QUE MAIS PERMANECEU NO MERCADO NAQUELE PERÍODO, SENDO PUBLICADO PELA ABRIL JOVEM E LOGO EM SEGUIDA PELA PRESS EDITORA. APESAR DO SUCESSO, NÃO SE SABE ATÉ HOJE POR QUE OS AUTORES PARARAM DE PUBLICAR, RETORNANDO PARA AS ATIVIDADES COMO AUTORES E ILUSTRADORES DE LIVROS INFANTIS.
SÉCULO XXI.
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