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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Mage Knight

Um momento nerd , vou mostrar um pouco das minhas coleções... 

Essa é minha coleção de Mage Knight !!!!















sexta-feira, 19 de julho de 2013

2ª Arte - Dança - Tango

O tango é fruto do encontro de diferentes culturas musicais da Europa e da América
A dança, assim como as demais manifestações artísticas, é uma via de expressão capaz de representar diferentes idéias. A cada novo tipo de dança, perpetuam-se valores que fazem de um determinado estilo dançante sinônimo de determinados sentimentos. Na Argentina, o tango tornou-se sinônimo de paixão, melancolia e tristeza. Conforme sentencia uma famosa expressão “o tango é um pensamento triste que se pode dançar”. No entanto, ao contrário do que pensamos, o tango não “nasceu” triste e argentino.

Ao longo do século XIX, a jovem nação argentina incentivou a entrada de imigrantes europeus no país para que os mesmos pudessem ampliar a mão-de-obra disponível e, conforme relatos da época, “refinar” a cultura pelo contato com espanhóis, franceses, poloneses e italianos. Dos contingentes trazidos para ocupar novos postos de trabalho na Argentina, formou-se uma imensa população masculina que deixava a família para tentar a sorte em terras estrangeiras. Em pouco tempo, o excedente populacional masculino possibilitou a abertura de diversos prostíbulos no país.

De acordo com recentes pesquisas, no final do século XIX, só a capital Buenos Aires contava com mais de 200 casas de prostituição. A procura pelas prostitutas era tão grande que os homens faziam fila à espera de fácil prazer sexual. Foi quando, a grande circulação de pessoas nas casas de prostituição argentinas deu espaço para a encenação de números musicais enquanto os clientes esperavam a sua vez. Nesse instante, apareciam grupos que intercambiavam suas distintas experiências musicais. A polca européia, a havaneira cubana, o candombe uruguaio e a milonga espanhola firmaram o nascimento do tango argentino.

Em seus primeiros anos, o tango era formado por um trio musical executante de ritmos mais acelerados e os passos de dança tinham muita sensualidade. Só mais tarde que os tangos começaram a ganhar suas primeiras letras. Fazendo jus ao seu local de origem, as primeiras letras descreviam situações libidinosas sobre os prostíbulos e as meretrizes. Por isso, durante algum tempo, o tango era sinônimo de imoralidade. As pessoas de “boa índole” tinham verdadeira aversão à prática desse tipo de música dançante. No entanto, os imigrantes que voltavam para Europa tinham popularizado o estilo, principalmente na cidade de Paris.

Os diversos ataques contra o tango perderam força mediante a popularização e as transformações sofridas com a chegada do ritmo à Europa. Atacado ainda por religiosos, o tango chegou a ser dançado para o papa Pio X, para que o mesmo julgasse suas características. Aprovado por Vossa Santidade e influenciado pela escola européia, o tango começou a ganhar um ritmo mais lento e passos mais cadenciados. No início do século XX, as letras começam a incorporar temáticas para fora do prostíbulo. Tempos depois veio a ser considerado uma expressão típica artística de “todos” argentinos.

Saindo dos prostíbulos para os salões de festa, o tango alcançou sua máxima popularização com o estrondoso sucesso do cantor Carlos Gardel. Sendo conhecido como uma dos mais famosos cantores de tango, Gardel mostrou sua música nos palcos e internacionalizou sua arte com a gravação do filme “El Dia Que Me Quieras”. Ainda hoje, o tango é uma das expressões artísticas mais conhecidas na Argentina e seus espetáculos atraem turistas de todo o mundo.


quinta-feira, 18 de julho de 2013

11ª Arte - Arte digital

Arte digital ou arte de computador é aquela produzida em ambiente gráfico computacional. Utiliza-se de processos digitais e virtuais. Inclui experiências com net arte, web arte, vídeo-arte, etc. Tem o objetivo de dar vida virtual as coisas e mostrar que a arte não é feita só a mão. Existem diversas categorias de arte digital tais como pintura digital, gravura digital, programas de modelação 3D, edição de fotografias e imagens, animação, entre outros. Os resultados podem ser apreciados em impressões em papéis especiais ou no próprio ambiente gráfico computacional. Vários artistas usam estas técnicas. Ao contrário dos meios tradicionais, o trabalho é produzido por meios digitais. A apreciação da obra de arte pode ser feita nos ambientes digitais ou em mídias tradicionais.

Gravura Digital

Na realidade o termo "Gravura Digital" é um nome genérico dado a expressões artísticas de caráter gráfico é que possam ser reproduzidas à partir das novas tecnologias de impressão sobre superfícies bidimensionais. Também chamada de Digigrafia, a ideia tem se tornado comum nos trabalhos dos artistas contemporâneos.

Simplificando um pouco a coisa, podemos dizer que uma gravura digital ou digigrafia é uma reprodução de uma imagem artística sobre papel onde a tecnologia utilizada pode ser o jato de tinta ou a impressão a laser.

Muitos artistas tem feito originais em desenho ou pintura para em seguida serem digitalizados e reproduzidos em papel com impressão digital. A digitalização desse materiais geralmente é feita em scanners de alta resolução mas ultimamente tem sido comum o uso de câmeras fotográficas digitais.

No meu caso específico prefiro produzir imagens diretamente no computador, à partir de programas de simulação de materiais artísticos, tais como o Corel Painter. Nesse caso o uso de uma prancheta de digitalização gráfica é quase obrigatório, pois o mouse não é o melhor instrumento para captar o gesto do artista.



Pintura digital é uma técnica de ilustração, ou pintura que ao invés de utilizar meios tradicionais utiliza um meio digital ou seja executa arte digital com o computador, ao serviço da fotografia, do cinema e dos vídeo games (como o Nintendo DS) e de outros.

A pintura digital provavelmente começou com o software SuperPaint em 1972, que foi o primeiro programa a possuir um sistema de anti-alias. Este tipo de ilustração foi rapidamente utilizado pela publicidade e pela produção de jogos de computador ou pelos chamados vídeo games, devido a versatilidade desta técnica. Hoje em dia é muito utilizada como arte conceptual para filmes, jogos e para design de objetos.

Hoje em dia o software mais usado é o Adobe Photoshop, onde o ilustrador digital pode criar seus desenhos, colori-los e dar a arte-final necessária para a publicação ou divulgação do seu trabalho. Várias ilustrações de embalagens e imagens que encontramos é feito nesse processo.

Em Ciência da computação, modelagem tridimensional  ou 3D é o processo de desenvolvimento de uma representação matemática de qualquer superfície tridimensional de um objeto (seja inanimado ou vivo), através de software especializado. O produto é chamado de modelo tridimensional.

É basicamente a criação de formas, objetos, personagens, cenários. Para elaboração são utilizadas ferramentas computacionais avançadas e direcionadas para este tipo de tarefa. Existem diversos profissionais habilitados na área. Atualmente os programas mais utilizados são: SketchUp, 3ds Max, Blender, Cinema 4D, Maya, ZBrush, Pro Engineer, entre outros.

A modelagem em três dimensões conta com uma enorme variedade de ferramentas genéricas, permitindo uma comunicação mais fácil entre dois programas diferentes e usuários iguais, são as mais conhecidas: técnica por polígonos, técnica por vértices e técnica por bordas. Todas elas são realizadas através da criação de uma malha complexa de segmentos que dão forma ao objeto. Há muito tempo começaram a surgir cinemas em 3D, que usando um óculos especial, permitia que o público visse filmes inteiros com imagens que praticamente saiam da tela do cinema. Hoje em dia o espetáculo é mais moderno, e mais seguro. Pois antigamente, os filmes em 3D podiam provocar dor de cabeça e outros sintomas, que fizeram o 3D parar por alguns anos. Hoje, a onda 3D em filmes, voltou com tudo com desenhos e outros filmes, que há muito tempo não voltava para as telas do cinema. A arte 3D é feita assim: é produzida a figura e, logo depois, é criada uma cópia avermelhada que, colocando um óculos especial, é possível ver a figura em 3D. O tridimensionalismo é usado também para criar livros, como no caso do Guiness Book 2009, o livro dos recordes, que vinha acompanhado de um óculos especial, para ver algumas figuras do livro com o efeito tridimensional, que aparece no cinema. Nos livros, pode não ser tão perfeito como nos cinemas, mas também é bastante real.

A história da animação perde-se nas brumas do tempo, desde a era das imagens registradas nas paredes das cavernas antigas até as projeções conhecidas como sombras chinesas, porém inventadas pelos alemães. Hoje, as animações são cada vez mais sofisticadas, graças à tecnologia digital, mas o processo original consiste na elaboração individual de cada fotograma – cada uma das representações gravadas por meio de reações químicas no celuloide do cinematógrafo – de uma película. Isso é realizado por meio de registros fotográficos de figuras desenhadas; através de mínimas mutações repetidas em um protótipo primordial, com cada resultante fotografada; ou ainda por computação gráfica.

Assim que os fotogramas são conectados, o filme é assistido à velocidade de dezesseis ou mais reproduções por segundo, o que dá origem a uma sensação de movimento ininterrupto. Realizado da forma mais primitiva, este procedimento se transforma em algo monótono e mecânico, daí a importância da introdução da digitalização, que incrementa a duração da produção.

O primeiro show de projeção de sombras foi realizado em 1795, quando se apresentou ao público uma exibição de natureza histórica, de conteúdo fortemente ideológico, com o auxílio de uma lanterna movediça, dando impulso a uma animação posteriormente conhecida como 3D, embora de forma ainda rudimentar.


Vários instrumentos foram desenvolvidos para criar impressões de movimento, culminando em 1872 com um experimento do fotógrafo Eadweard Muybridge que, assessorado por um engenheiro, John D. Isaacs, valeu-se de uma seqüência de vinte e quatro câmaras escuras que captavam progressivamente a passagem de um cavalo, o qual ativava os dispositivo que, nestes aparelhos, impedem ou permitem a passagem da luz, regulando a exposição das películas sensíveis à luz, assim que suas patas tocavam em fios bem esticados, posicionados de forma a permitir essa operação.

Mas foram os irmãos Lumiére que aprimoraram estes equipamentos incipientes, ao criar o Cinematógrafo, exibido ao público em uma inesquecível sessão de cinema realizada no dia 28 de dezembro de 1895. Desta forma, não é equivocado afirmar que a história da animação se confunde com os primórdios do cinema mudo, persistindo até os nossos dias, se aperfeiçoando á medida que as inovações tecnológicas se sucedem.

O francês Émile Reynaud, inventor de um aparelho chamado praxynoscópio, mecanismo que projeta na tela reproduções desenhadas sobre fitas transparentes, foi o responsável pelo primeiro desenho animado, produzido com doze imagens e películas contendo cerca de 500 a 600 imagens, exibido no Musée Grévin, em Paris, no dia 28 de outubro de 1892.

O primeiro desenho realizado através de um projetor moderno foi Fantasmagorie, do diretor Émile Courtet, em 1908. Já na modalidade longa-metragem animado, o pioneiro foi El Apóstol, criado pelo argentino Quirino Cristiani, transmitido na Argentina, em 1917. Atualmente, as animações continuam mais que nunca no topo das produções mais lucrativas e de maior sucesso de público.



A história da animação no Brasil é relativamente recente. Na primeira metade do século XX foram produzidas algumas pequenas experiências em animação sem muita continuidade, como as realizadas por Eugênio Fonseca Filho.

Na década de 1950 o panorama começa a se alterar, o primeiro longa-metragem de animação feito no País foi Sinfonia Amazônica, produzido por Anélio Lattini Filho em 1953. Filmado em preto e branco, demorou 6 anos para ser concluído pois foi realizado unicamente por Anélio Lattini, sem a ajuda de nenhum outro desenhista. Durante os anos de 1960 a animação passa a ter presença regular na publicidade e surgem os primeiros profissionais da área.

Existem divergências sobre qual seria o primeiro longa-metragem colorido de animação produzido no país. Piconzé estreou nos cinemas em 1972, feito pelo japonêsYpê Nakashima (1926-1974), que imigrou para o Brasil em 1956 e trabalhou com animação publicitária. No Japão, Ypê Nakashima foi chargista e trabalhou em jornais como Mainichi Shimbun, Yomiuri Shimbun e Asahi Shimbun.

"Presente de Natal", produzido pelo amazonense Álvaro Henrique Gonçalves sem incentivo de qualquer empresa, governo ou assistentes. Álvaro começou a produzí-la em 1965, e o mais interessante é que, além de criar tudo sozinho, ele ainda construiu a máquina de projeção e sonorização. Álvaro finalizou o fotograma número 140.000 em 1971, levou a animação finalizada em 35mm a um produtor paulista e fracassou, voltou para Manaus onde foi exibido e teve grande repercussão no Brasil, que assim reconheceu o trabalho do artista, que também era advogado.

O estúdio NBR Filmes, do animador Clóvis Vieira produziu o primeiro longa-metragem de animação produzido inteiramente em computação gráfica do Brasil,Cassiopéia, em 1996.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

EIRPG 2013 - impressões...





Depois de um bom tempo, esse ano voltou o Encontro Internacional de RPG..E a pergunta de todos era o EIRPG com o Anime Friends ia rolar mesmo?? iria prestar ?? .Sim rolou mesmo e o clima desse evento estava muito agradável, por ser junto com o Anime Friends muitos não esperavam por isso, eu fui no Sábado e Domingo e o evento só não foi um evento totalmente NERD porque faltou mais parte de quadrinhos (o stand da Panini estava la, e deveria repor mais hqs),  e como sugestão porque não alguns autores ou desenhistas conhecidos .
Na parte da Devir  algo que senti falta foi a Feira de livros usados de RPG !!!!

No Sábado teve o show da Familia Lima com o Jiraya que foi excelente .

O marco do encontro foi o convidado o Mark Rein-Hagen, quem criou o mundo das trevas "WOD", foi  uma ótima escolha , foi perfeita.


Outra coisa que sempre ouvia falar dos Anime friends de ruim mas com o EIRPG junto não aconteceu (ainda bem) foi a fila gigante para entrar, a fila foi como em qualquer Encontro de RPG que ja fui , você chega e entra nada de horas na fila só para mostrar que o evento esta cheio.

Agora o que resta é aguardar o EIRPG 2014 com algum convidado e a feira de livros usados.

Mark Rein-Hagen, eu e meu lindo livro autografado

10ª Arte - Jogos de Computador e de Vídeo Game parte 03 (2005-2008 )

2005

              Os primeiros meses do ano foram marcados por especulações a respeito dos próximos videogames da Microsoft, Nintendo e Sony, que soltaram em gotas, cada uma à sua maneira, informações do Xbox 360, Revolution e PlayStation 3, respectivamente.Enquanto a próxima geração alimentava rumores e a imaginação, bons títulos davam o que jogar no primeiro trimestre: "Resident Evil 4" conquistou o GameCube em janeiro (a versão para PlayStation 2 chegaria em outubro); "Legend of Zelda: Minish Cap" encolheu o jovem Link no Game Boy Advance; o Xbox vibrou com "Jade Empire" e "Forza Motorsport"; e os donos do PlayStation 2 se sentiram no Olimpo com "God of War".


Reprodução
Antes mesmo do lançamento do jogo
para GameCube, Capcom põe fim
à exclusividade e anuncia "Resident Evil 4"
também para o PlayStation 2

Em 2005, o Brasil foi tomado pela febre dos MMOGs (sigla em inglês para jogos massivos online), iniciada com o lançamento comercial de "Ragnarök Online", em janeiro, e que no final do ano bateria a marca de 800 mil usuários cadastrados no país. O modelo econômico alheio à pirataria fez sucesso, abrindo as portas para o coreano "Priston Tale", para o russo "Sphere" e para a produção do brasileiro "Taikodom", desenvolvido pela catarinense Hoplon Infotainment. Por outro lado, o primeiro RPG massivo online desenvolvido no país, "Erinia" foi praticamente deixado pela comunidade.




Lançado em 2004, outro do gênero MMORPG que conquistou o planeta em 2005 foi "World of Warcraft", RPG da Blizzard, que esperava perto de um milhão de aventureiros, alcançou a marca de cinco milhões de usuários, espalhando-se rapidamente dos Estados Unidos até a China, passando por países como Macau e Taiwan. E as perspectivas são de crescimento, com a expansão "The Burning Crusade".


Reprodução
"World of Warcraft": cinco milhões
Em março, o PlayStation Portable, ou simplesmente PSP, chegava ao ocidente, vendendo mais de 600 mil unidades apenas na primeira semana nos Estados Unidos. Um ótimo resultado para a Sony, que no mês anterior anunciara o fim da produção do PSX, aparelho que unia o PS2 com funções de gravador digital. Como no lançamento japonês, em dezembro de 2004, "Ridge Racers" e o quebra-cabeça "Lumines" foram alguns dos primeiros sucessos do PSP americano.

A E3 2005 foi uma das mais movimentadas de todos os tempos, graças às promessas da sexta geração de consoles. Porém, no final somente o Xbox 360 estava "jogável" na feira - a Microsoft já havia mostrado o console uma semana antes, em um programa especial da MTV norte-americana, que foi ao ar no dia 12 de maio. Em sua conferência, a Sony apresentou o PlayStation 3, destacando o processador Cell, o novo formato de mídia Blu-Ray e várias demonstrações em vídeo; a Nintendo, por sua vez, desapontou ao demonstrar muito pouco (ou quase nada) do Revolution, com suas dimensões equiparáveis a três embalagens de DVD empilhadas e compatível com 20 anos de história da empresa.

Reprodução
Primeira imagem oficial do
 PS3; controle em forma de
 bumerangue seria 
abandonado futuramente

Meses antes da série "Grand Theft Auto" estrear no portátil da Sony, com "Liberty City Stories", o mod "Hot Coffee" criou polêmica na indústria do entretenimento eletrônico, revelando cenas de sexo explícito escondidas no código-fonte de "Grand Theft Auto: San Andreas". A Entertainment Software Rating Board (ESRB), órgão que classifica os jogos por faixa etária nos Estados Unidos, mudou a classificação etária das versões para PC, PlayStation 2 e Xbox, de "Mature 17+" ("M", maiores de 17 anos) para "Adults Only 18+" ("AO", maiores de 18 anos).

As conseqüências não foram poucas: o valor das ações da Take-Two caiu, algumas pessoas mais ofendidas processaram a distribuidora e o jogo da Rockstar chegou a ser banido definitivamente de alguns países, como a Austrália. Para completar, a polêmica em torno de "Hot Coffee" deu início a diversos movimentos de combate a conteúdo violento e sexual nos games, incluindo uma lei para regularizar o conteúdo inapropriado nos games, nos Estados Unidos.

Em setembro, em conferência realizada antes do início da Tokyo Game Show, maior feira de games do oriente, a Nintendo revelou o até então misterioso controle do Revolution, sem fio e com formato semelhante ao de um controle remoto. A inovação ficou por conta dos sensores capazes de reconhecer a posição do acessório em três dimensões: horizontal, vertical e profundidade, além do nível de inclinação. Na feira de jogos japonesa brilhou o PlayStation 3, com o trailer de "Metal Gear Solid 4", que chocou ao mostrar o herói Snake velho.

Reprodução
Controle do Revolution é mostrado; 
jogos só no ano seguinte

Após a Tokyo Game Show, "Nintendogs" chegou ao ocidente. O simulador de cachorros para DS conquistou os Estados Unidos e Europa quase que imediatamente, graças à possibilidade de criar o seu próprio canino no console portátil, dando banho, comida, passeando etc.

A Nokia, em outubro, decidiu aposentar o N-Gage, híbrido de celular e videogame portátil lançado em 2003. O aparelho vendeu dois milhões de unidades em três anos, contra projeções originais de seis milhões, números decepcionantes que levaram a fabricante finlandesa a desistir da empreitada. E no mesmo mês que o N-Gage esmaecia, o PlayStation 2 crescia com gigantes. Dos criadores de "Ico", "Shadow of the Colossus" ficou marcado como um dos jogos memoráveis da Sony, daqueles que transformam entretenimento em obra de arte.

A cidade de São Paulo recebeu a segunda edição da Electronic Game Show (EGS), realizada de 18 e 21 de novembro e visitada por mais de 27 mil pessoas, que puderam experimentar em primeira mão o Xbox 360, que seria lançado oficialmente apenas na semana seguinte, nos Estados Unidos.

No dia 22 de novembro, a sexta geração do entretenimento eletrônico teve seu início oficial com o lançamento do Xbox 360, nos Estados Unidos - cinco dias antes, o UOL testou com exclusividade o primeiro console do Brasil.

ReproduçãoMontagem

Além das tradicionais filas e tumultos em frente às lojas dos EUA, houve escassez do videogame, em função do lançamento simultâneo - em dezembro, o Xbox 360 chegou à Europa e ao Japão.

Entre os jogos de lançamento estavam os exclusivos "Project Gotham Racing 3", "Kameo: Elements of Power" e "Perfect Dark Zero", mas curiosamente, o título mais vendido foi uma conversão de um jogo para PC, "Call of Duty 2", franquia que começava a acumular fãs.

No Japão, jogos como "Monster Hunter Freedom" e "Winning Eleven" impulsionaram as vendas do PSP, mas o Nintendo DS, que manteve vendas regulares durante o ano graças a títulos de apelo geral como "Brain Trainning" e "Nintendogs", disparou com o lançamento da rede online do portátil, o Nintendo Wi-Fi Connection. Jogos como "Mario Kart DS" e "Animal Crossing DS" levariam mais de 200 mil pessoas à rede online sem fio do portátil e consagrariam o aparelho como o campeão de vendas de 2005 no Japão.

Mesmo diante do seu sucessor, o Xbox mostrou fôlego e potência de hardware recebendo três belas conversões de jogos de tiro do PC: "Doom 3", "Far Cry Instincts" e "Half-Life 2". Já o PlayStation 2 ultrapassou a marca de cem milhões de unidades vendidas, consagrando o modelo vencedor de console doméstico da Sony.

Impulsionado pelas placas de vídeo de ATI e Nvidia, o PC também levou o visual a novos limites com jogos como "F.E.A.R." e "Age of Empires III", explorando a fundo efeitos como Vertex Shader e Pixel Shader, que se tornariam padrões nas próximas gerações de jogos.

Com uma medalha de ouro e duas de prata, o Brasil sacramentou a sua melhor participação em um torneio de esporte eletrônico. Foi durante o World Cyber Games, olimpíadas de games disputada em Cingapura, em novembro. Giovani "GearGG" Magri e Danilo "N4_Godsmack" Barros, foram primeiro e segundo lugares, respectivamente, em "Need for Speed Underground 2"; e Andre "TmG_QuanChi" Zilio, prata em "Warhammer 40,000". Mais de 700 ciberatletas de todo o planeta participaram do evento.
Reprodução
O mascote do World Cyber Games
Previsto para título de lançamento, "Dead or Alive 4" atrasa e influencia o desempenho do Xbox 360 no Japão. Esgotado no resto do mundo, o segundo videogame da Microsoft era encontrado com facilidade nas prateleiras de Tóquio, em pleno Natal. Mesmo assim, nomes de peso da indústria local, entre eles Hironobu Sakaguchi - criador da série "Final Fantasy" -, se reuniram na penúltima semana do ano para anunciar apoio à nova plataforma, com as produções de "Cry On", "Bullet Witch" e "Vampire's Rain".

2006

No começo do ano, a Nintendo revelou o DS Lite, uma versão remodelada do portátil, 40% menor e com tela mais brilhante, além de pequenas "mudanças cosméticas", como o reposicionamento dos alto falantes e do microfone. O Japão recebeu o aparelho primeiro, em março; em junho, foi a vez dos Estados Unidos.
Reprodução
Com os jogos da geração 'Touch' e design revigorado, 
o DS se tornou uma máquina de imprimir dinheiro da 
Nintendo. A versão Lite chegou aos Estados Unidos 
em 11 de junho custando US$ 129


Em março, a Sony foi notícia ao realizar um evento intitulado PlayStation Business Briefing 2006 que, embora voltado a criadores de jogos e parceiros da indústria, trouxe uma notícia de interesse bem mais amplo: o PlayStation 3, até então previsto para meados do ano, chegaria apenas em novembro. O principal motivo para o adiamento foram os ajustes do formato de mídia Blu-ray.

Se por um lado PlayStation 3 ganhava uma definição, por outro a Sony decidiu interromper a produção do PlayStation, que chegou às prateleiras em dezembro de 1994, no Japão. Além de desbancar a Nintendo, tornando-se o novo líder entre os consoles domésticos, o aparelho foi o primeiro a ultrapassar a marca de cem milhões de unidades vendidas, deixando um acervo de mais de dois mil títulos.

O Xbox 360, em março, recebeu dois jogos que, finalmente começaram a mostrar o potencial do console: "Ghost Recon Advanced Warfighter", simulador de ação tática, e "Elder Scrolls IV: Oblivion", RPG épico com centenas de horas de duração.

Reprodução
De início, o novo nome gerou revolta, 
mas acabou pegando

Em abril, a Nintendo anunciou o nome definitivo do seu novo console, até então conhecido como Revolution: o título Wii foi escolhido pela semelhança com a palavra "we" ("nós", em português), para simbolizá-lo como o "console de todos". Tratava-se também de um nome fácil de ser memorizado nos países ao redor do mundo. Não agradou a todos de começo, mas a escolha se mostraria certa no futuro.

Em um ano crucial para a E3, a ESA (Entertainment Software Association), responsável pela organização da feira de games, estabeleceu normas mais severas para a contratação de "booth babes", modelos que, vestidas em trajes provocantes, promovem os produtos dos expositores. Los Angeles testemunhou uma das edições mais significativas da feira, graças à presença do PlayStation 3 e do Wii, ambos em forma jogável, e às tradicionais conferências das gigantes dos videogames:

Reprodução
Sony abandona o controle bumerangue e adota o consagrado desenho do Dualshock para o PS3, que equipou duas gerações do PlayStation
Montagem
Sem o recurso de vibração, o Sixaxis, nome do controle, é bem mais leve que os antecessores. O sensor de movimentos, novidade do Sixaxis, não podia ser testado na E3 de 2006
No evento da Microsoft, "Halo 3" e "Gears of War" roubaram a cena, mas para os brasileiros o que valeu mesmo foi a presença de Bill Gates, que subiu ao palco para anunciar a chegada do Xbox 360 a vários países, dentre eles o Brasil. A conferência da Nintendo, com clima de show, exaltou o sucesso do portátil DS e as características inovadoras e jogos do Wii - sem, no entanto, revelar data de lançamento e preço do videogame. Por último, a Sony divulgou o preço do PlayStation 3 (US$ 499 pelo pacote com disco rígido de 20GB e US$ 599 pelo pacote com 60GB), as datas de lançamento (11 de novembro no Japão e 17 do mesmo mês nos Estados Unidos) e os detalhes do controle, o Sixaxis, sem fio, com design semelhante ao do Dual Shock 2 e sensibilidade aos movimentos, mas sem o sistema de vibração.

Meses após a realização da E3, a ESA anunciou mudanças radicais no formato da feira que, a partir de 2007: ao invés do clima de show, com estandes elaborados e dezenas de milhares de visitantes, um evento focado em pequenas reuniões e encontros com a imprensa e membros da indústria. A expectativa da E3 Media and Business Summit, em julho, na cidade de Santa Mônica, é receber cerca de cinco mil pessoas, todas convidadas pela organização.

A mudança aconteceu porque os principais expositores reclamavam dos valores estratosféricos para participar da E3. O retorno, por sua vez, estava longe do esperado e investido, pois a feira transformara-se muito mais um show para o grande público, longe da imagem de um evento de negócios.

A chegada do DS Lite aos Estados Unidos, em julho, sacramentou um ano brilhante para o portátil. O novo modelo impulsionou as vendas do aparelho, verdadeira febre no Japão e um grande sucesso da Europa e América do Norte. Para completar, uma coleção e tanto de títulos foi lançada, composta por "New Super Mario Bros.", "Brain Age", "Metroid Prime: Hunters" etc.

Quanto ao PSP, 2006 foi um reflexo das dificuldades da Sony em emplacar seu console, tanto como videogame quanto como tocador de filme. Ainda assim, o portátil contou com uma safra respeitável, "Metal Gear Solid: Portable Ops", "LocoRoco", "Daxter" e "Syphon Filter: Dark Mirror", além de duas versões de "Grand Theft Auto".

Divulgação
Quando o designer Tsutomu Kouno levou a idéia de "LocoRoco" para a Sony, os diretores torceram o nariz e vetaram o projeto. Insistente, foi necessário uma demonstração rodando no PSP para provar que se tratava de um bom jogo


Entretanto, no ramo dos portáteis, quem sentiu mais as dificuldades foi o Gizmondo, que chegou às prateleiras dos Estados Unidos em 2005, mas sobreviveu apenas por poucos meses. Caro demais - custava US$ 299 - e com poucos títulos, o aparelho faliu logo no início do ano e, com ele, a fabricante, de mesmo nome.

Em agosto, a Capcom lançou "Dead Rising", para Xbox 360, uma divertida gincana de caça a zumbis em um shopping center. Não demorou muito para rumores de uma continuação chegar aos sites especializados.

No Brasil, os eventos de games tiveram altos e baixos: realizada em São Paulo, a Arena Gamer Expo (AGE) contou com expositores como Electronic Arts, Microsoft e Nintendo, mas foi uma decepção em termos de público; enquanto isso, o Rio de Janeiro recebeu o Top Game Show (TGS), que teve dez mil visitantes, mas poucas atrações relevantes; por fim, a Electronic Game Show (EGS), que tinha sua terceira edição programada para novembro, foi cancelada sem maiores explicações.

Reprodução
Video Games Live: homenagem à trilha sonora dos videogames

O capítulo à parte foi a vinda do Video Games Live ao Brasil para duas apresentações, uma em São Paulo e outra no Rio de Janeiro. O concerto, criado por Tommy Tallarico e Jack Wall, veteranos da indústria do entretenimento eletrônico, chegou ao país após apresentar-se nos Estados Unidos e Canadá. Foi a chance de ouvir orquestras brasileiras tocando músicas de "Mario", "Zelda", "Final Fantasy" e outros sucessos, com direito a show de luzes, telão e performances.




A Tokyo Game Show 2006, em setembro, foi a única chance de os nipônicos jogarem o PlayStation 3 antes do lançamento. Resultado: em três dias, 190 mil visitantes abarrotaram o pavilhão de exposições do Makuhari Messe. Sem estande da Nintendo, a Microsoft aproveitou para tentar atrair a atenção do público com "Blue Dragon" e "Lost Odyssey", para o Xbox 360. E conseguiu.

Reprodução
Com pouquíssimas unidades, PlayStation 3 chega aos EUA, em 17 de novembro, em dois modelos: um com HD de 60GB ao preço de US$ 599 e outro com disco rígido de 20GB, por US$ 499
Montagem
O Wii também sofreu com a falta de estoque. O único modelo (US$ 249) começou a ser vendido em 19 de novembro nos Estados Unidos
Em novembro, PlayStation 3 e Wii enfim foram lançados. Primeiramente, foi o console da Sony, responsável por um dos lançamentos de videogame mais tumultuados de todos os tempos: com poucas unidades disponíveis, tanto no Japão quanto nos Estados Unidos, as filas foram intermináveis, longe de atender a enorme demanda. Boa parte dos consoles foram parar em sites de leilão, vendidos por valores estratosféricos.

A Sony prometeu levar aos Estados Unidos, inicialmente, 400 mil unidades, mas posteriormente ficou provado que, na verdade, menos da metade disso chegou às prateleiras. O Japão, por sua vez, ficou com meros 100 mil aparelhos no lançamento, o que fez com que revendedores contratatassem chineses para conseguir o maior número de aparelhos do PS3 possível. Nos EUA, houve assaltos, roubos e outros incidentes nos dias que se seguiram ao lançamento.
Com o Wii, a situação foi um pouco melhor, à medida que a Nintendo proveu às lojas com quantidades mais generosas do videogame. As filas e a escassez, em certos locais, foram inevitáveis, mas sem muita confusão. Os problemas só apareceriam após a chegada do aparelho, quando sucessivas queixas de consumidores quanto à fragilidade da correia do Wii Remote, que arrebentou diversas vezes, levou a Nintendo a fazer um "recall" da peça, para devolvê-la mais reforçada.

Reprodução


"Wii Sports": incluso em cada Wii 
nos EUA, um cartão de visita do proposta casual da Nintendo






Nem Wii, tampouco o PlayStation 3, tiveram uma leva inicial de games das mais brilhantes: no videogame da Nintendo, além de uma versão de "Legend of Zelda: Twilight Princess" adaptada ao controle Wii Remote, a coletânea "Wii Sports", incluso na embalagem americana, fez a alegria dos jogadores; no aparelho da Sony, o game de tiro "Resistance: Fall of Man", uma franquia original, e "Ridge Racer 7" se sobressaíram nos Estados Unidos e Japão, respectivamente.

O final de ano não passou em branco para o Xbox 360, graças à chegada de "Gears of War", que deu vida ao melhor visual já visto em um game para consoles, até então. No Japão, "Blue Dragon", novo RPG de Hironobu Sakaguchi, elevou as vendas do console que, ainda assim, passou mais um ano sem emplacar no Oriente.

A Microsoft colocou para download gratuito o XNA, ferramenta de criação de games para o Xbox 360 e PC. Com o aplicativo, a companhia desejava transformar o Live Arcade em uma espécie de "Youtube dos games", permitindo aos usuários colocar suas criações para download na seção de jogos casuais do console.

Bill Gate prometeu, então no dia 1º de dezembro, a Microsoft do Brasil lançou o Xbox 360 em território nacional. É a primeira vez que um console chega ao país diretamente pelas mãos do fabricante. Por R$ 2.999, o consumidor levava o pacote Premium, com três jogos - "Kameo", "Perfect Dark Zero" e "Project Gotham Racing 3" -, além de uma frente removível extra. Os brasileiros ganharam o primeiro jogo para o console totalmente traduzido para o português: "Viva Piñata", com seus jardins coloridos.
ReproduçãoTalvez o melhor jogo da parceria Rare e Microsoft,
 "Viva Piñata" foi o primeiro título para Xbox 360 totalmente em português

Mesmo em meados de dezembro, ainda havia tempo para mais uma surpresa: o retorno da série "Dragon Quest", verdadeiro sucesso no Japão, a um console da Nintendo, após versões exclusivas para sistemas da Sony. O anúncio de "Dragon Quest IX: Hoshizora no Mamoribito" para DS deixou um gosto amargo na boca dos proprietários do PSP.


Mesmo em meados de dezembro, ainda havia tempo para mais uma surpresa: o retorno da série "Dragon Quest", verdadeiro sucesso no Japão, a um console da Nintendo, após versões exclusivas para sistemas da Sony. O anúncio de "Dragon Quest IX: Hoshizora no Mamoribito" para DS deixou um gosto amargo na boca dos proprietários do PSP.

À espera do Windows Vista, nova versão do sistema operacional da Microsoft, o PC teve um ano apagado, parte disso também em função dos lançamentos do PlayStation 3 e Wii, que receberam muita mais atenção da mídia e público. Para os fãs dos RPGs, valeu a oportunidade de, enfim, jogar "NeverWinter Nights 2", sem falar no sucesso estrondoso de "World of WarCraft", que chegou a 7,5 milhões de usuários. No ramo da estratégia, "Company of Heroes", da THQ, trouxe novos ares aos jogos inspirados na Segunda Guerra Mundial. Já "Battlefield 2142" levou a franquia a uma atmosfera futurista, enquanto "GTR 2" foi o melhor simulador de automobilismo do ano.
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Misturando mitos e folclore japonês, "Okami" (PS2) conta a história de como a Terra foi salva da escuridão pela deusa do Sol

Na geração do GameCube, PlayStation 2 e Xbox, o console da Sony foi, de longe, o de maior destaque, com títulos do naipe de "Okami", "Kingdom Hearts II", "Final Fantasy XII" e "Guitar Hero II". No Xbox, que viu a quantidade de lançamentos minguarem com a chegada do Xbox 360, a vedete continuou sendo "Halo 2", ainda um dos preferidos do Xbox Live. De fato o jogo só veio a perder o título de mais jogado após "Gears of War" chegar a rede online da Microsoft.

Já o GameCube teve a sua versão de "Legend of Zelda: Twilight Princess", o último grande lançamento para o videogame roxo da Nintendo.

2007


O lançamento do PlayStation 3 na Europa, em 23 de março, foi o primeiro acontecimento marcante de 2007. Fraca, a recepção no Velho Continente não teve as filas e confusões registradas nos Estados Unidos e Japão, onde o console estava disponível desde o ano anterior. Porém, nos meses seguintes a situação do PS3 melhorou na região, estimulada pela campanha de marketing da Sony, que investiu US$ 6 milhões.
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PlayStation Home: no serviço online nos moldes de "Second Life", usuário pode locomover-se e fazer amigos pelos inúmeros ambientes virtuais.










Coube à Sony, aliás, a notícia de maior relevância da Game Developers Conference, em San Francisco, em março, ao anunciar o PlayStation Home, comunidade virtual para a rede online do PS3: nela, o jogador assume o papel de um avatar e passeia por diversos ambientes 3D, socializando-se com outras pessoas e divertindo-se com conteúdo criado pelas produtoras de game - e pela própria Sony, é claro.

O COMPOSITOR DA NINTENDO
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Na GDC 2007, Koji Kondo, responsável pelas trilhas sonoras de pérolas como "Mario" e "Zelda", fez a sua primeira aparição pública no Ocidente
Só se falava em nova geração, mas foi "God of War II" o primeiro grande lançamento do ano, para o bom e velho PlayStation 2. O velho e bom console, aliás, além de chegar a 120 milhões de unidades vendidas, passou a ser posicionado pela Sony como um concorrente do Wii, longe de encerrar carreira. Por isso, aumentou o número de jogos casuais. Títulos como "Boogie", anunciado para Wii, ganhariam versões para PS2.

Semanas depois, chegou às prateleiras um título de "Pokémon" para o DS, nas variações "Diamond" e "Pearl". Resultado? Sucesso instantâneo - mais que isso, já que em seis meses ambos venderam aproximadamente 7 milhões de cópias, ajudando a Nintendo a dobrar seus lucros no primeiro semestre do ano.

PS3 PARA CURAR O CÂNCER
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Em março, o PS3 passou a integrar o Folding@home, projeto da Universidade de Stanford, que utiliza a internet e os sistemas computacionais voluntários para decifrar a o processo de formação de diversas doenças, como câncer e Alzheimer, e assim procurar pistas para a cura desses males. Graças ao console, meses depois o programa entrou para livro Guinness como o mais poderoso sistema de rede distribuído do mundo
Em 29 de abril, chegou às prateleiras da América do Norte o Xbox 360 Elite, modelo do console na cor preta, com HD de 120GB e saída de áudio e vídeo HDMI, por US$ 479. Nos meses seguintes, Europa e Japão receberem o modelo, que é o mais caro dentre todos os disponíveis para o Xbox 360.

Em um maio sem E3, a Microsoft apertou o cerco contra a pirataria no Xbox 360, banindo da rede Live, em caráter permanente, os consoles modificados para rodar cópias ilegais de games. Uma mensagem de texto era exibida na tela avisando sobre o banimento assim que os usuários de conectava à rede.

A Blizzard escolheu Seul, capital do país onde "StarCraft" é uma verdadeira febre, para anunciar a tão esperada continuação do game de estratégia em tempo real lançado em 1998. A versão, na verdade, é quase um "upgrade" do original, mantendo as três raças - Protoss, Terran e Zerg -, mas modernizando os gráficos e acrescentando unidades inéditas.

Em junho, Ken Kutaragi deixou os cargos de presidente do conselho e executivo-chefe da divisão de games da Sony Computer Entertainment (SCEI), afastando-se de funções executivas para tornar-se presidente de honra do conselho. Engenheiro por formação, o "pai do PlayStation" foi o principal responsável pela criação do setor de videogames da Sony. Contudo, a relação da Kutaragi estava desgastada dentro da companhia, agravada pelos problemas com as performances do PSP e do PlayStation 3. Em seu lugar, assumiu Kaz Hirai.

Em 2007, viu-se que os jogos exclusivos estão caindo em desuso: muitas produtoras optaram por tornar-se multiplataforma, já que custa cada vez mais caro produzir um game e, comumente, lançá-lo para apenas um sistema não garante o retorno financeiro. Foi o caso da Koei, que anunciou para Xbox 360 versões de "Fatal Inertia" e "Bladestorm", até então exclusivos para PS3, seguindo o caminho traçado por "Virtua Fighter 5 e "Assassin's Creed" e "Katamari". Porém, foi o anúncio de "Devil May Cry 4" para Xbox 360 e PC que ganhou mais repercussão - fãs mais exaltados chegaram a criar um abaixo-assinado para manter o game exclusivo do PlayStation 3. Mais no final do ano, a Capcom faria o anúncio de "Lost Planet" para PS3, jogo que foi exclusivo do Xbox 360.
DivulgaçãoLançado em novembro, "Assassin's Creed" foi um dos muitos títulos exclusivos que virou multiplataforma.

A Rockstar Games, acostumada às polêmicas envolvendo suas franquias controversas, como "GTA", viu "Manhunt 2", para Wii, PSP e PS2, ser banido do Reino Unido - o motivo, naturalmente, foi o exagero de violência no conteúdo, repleto de assassinatos frios e cruéis. Nos Estados Unidos, o jogo recebeu a classificação "Adults Only" ("Somente para Adultos), o que impediu a sua comercialização no país, já que Nintendo e Sony não permitem jogos com tal selo em seus consoles. Apenas em outubro "Manhunt 2" conseguiu ingressar nos EUA, só que em edição com conteúdo atenuado, classificada como "Mature" (para maiores de 17 anos). Em países como a Holanda, o game foi vendido sem cortes.

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Luzes da morte do Xbox 360 deu o que falar em 2007
Enquanto conseguiu, a Microsoft tratou problema das "Três luzes Vermelhas", que causa pane geral no Xbox 360, como algo dentro dos parâmetros normais de defeito para aparelhos eletrônicos, que oscila entre 3% e 5%. Porém, em julho a empresa de Bill Gates veio a público e expandiu para três anos a garantia do console, válida exclusivamente para a pane. Entre trocas, reembolsos, consertos e fretes, a Microsoft desembolsou uma quantia superior a US$ 1 bilhão. Paralelamente, a Microsoft tira de linha a primeira placa do Xbox 360. A partir desta data, todos passam a ser equipados com a placa do Xbox Elite, com saída HDMI e mais confiável que a original.

A E3, conhecida como o maior evento de games do planeta, viu em julho de 2007 a estréia de um novo formato: menor e com as (poucas) empresas participantes espalhadas em vários hotéis de Santa Monica, além de um ínfimo pavilhão de exposições em um hangar da cidade. Foi uma edição que, além de morna em termos de novidades, amargou problemas com as inovações da organização - muito tempo era perdido deslocando-se de um lugar a outro.

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"Rock Band" abriu a E3 2007 na conferência da Microsoft...
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...surpresa da Nintendo, "Wi Fit" foi lançado somente no Japão no final do ano...
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..."Killzone 2" foi a grande atração para PlayStation 3 na feira de jogos americana...
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... e para PC e Xbox 360, "Bioshock" superou as expecativas em agosto.
Microsoft, Nintendo e Sony promoveram suas tradicionais conferências, sendo que a da fabricante do Xbox 360 foi a mais morna de todas, enfocando os títulos exclusivos da plataforma com lançamento previsto para 2007, tais como "Mass Effect" e "BioShock"; a Big N anunciou "Wii Fit", aplicativo de malhação que acompanha um controle em forma de balança, e o tão ansiado "Mario Kart" para o console, além do Wii Zapper, acessório que transforma os controles em uma arma de fogo; a Sony, por sua vez, finalmente mostrou "Killzone 2" em ação, e anunciou o PSP Slim & Lite, modelo mais leve do portátil.

Logo após a E3, Peter Moore, executivo da divisão Xbox, deixou o cargo na Microsoft e foi para EA Sports. Ele ficou conhecido pela irreverência, especialmente em conferências da companhia na E3, quando tatuou os nomes de "Halo 2" e "Grand Theft Auto IV", e tocou guitarra em "Rock Band", com o pessoal da Harmonix. Em seu lugar, assumiu Don Mattrick, ex-presidente da Worlwide Studios da Electronic Arts.

A Microsoft, em agosto, baixou o preço dos três pacotes do Xbox 360, que passaram a custar US$ 279 (Core), US$ 349 (Premium), e US$ 449 (Elite). No mês de outubro, o pacote Core foi substituído pelo Arcade, que inclui controle sem fio saída HDMI e os jogos do Live Arcade "Boom Boom Rocket", "Feeding Frenzy", "Luxor 2", "Pac-Man Championship Edition" e "Uno". No Brasil, o preço do console caiu R$ 500, passando a custar R$ 2499.

A partir de agosto, o que se viu foi uma confusão, recheada de informações desencontradas, envolvendo cortes no preço e a introdução de novos pacotes do PlayStation 3 nos Estados Unidos, Europa e Japão. Primeiramente, a Sony anunciou uma redução de US$ 100 no preço do console, cujo modelo de 60GB passou a custar US$ 499, e introduziu um pacote com 80GB e o jogo "Motorstorm" por US$ 599.

Meses depois - em novembro, para ser mais exato - a Sony, além de cortar o preço do modelo de 80GB para US$ 499, colocou no mercado norte-americano, por US$ 399, um com 40GB, "capado" de várias funcionalidades - tem apenas duas portas USB, não possui leitor de cartões de memória e, principalmente, a capacidade de rodar jogos para PlayStation 2.

A essa altura, a Sony já anunciara que não reporia mais os modelos de 60GB e 80GB nas prateleiras e que trabalharia apenas com o modelo de 40GB. Em abril, a empresa já havia divulgado que não produziria mais o pacote com 20GB. Assim sendo, o PlayStation 3 terminou o ano de 2007 tendo como pacote oficial o de 40GB nos EUA.

Se a Games Convention, em Leipzig, na Alemanha, foi uma feira vistosa, mas carente de novidades - muito do que foi exibido por lá já passara pela E3 -, a Tokyo Game Show teve boas notícias, principalmente para os proprietários do PlayStation 3, com o tão aguardado e especulado anúncio do DualShock 3, que volta a ter função de vibração. Também foram anunciadas novas versões de "Kingdom Hearts" para Nintendo DS e PSP e, quem passou pela TGS, que em 2007 teve quatro dias e, por isso mesmo bateu recorde de público - pouco mais de 193 mil pessoas -, pôde experimentar "Metal Gear Solid 4" e "Metal Gear Online" em primeira mão.Embalado por uma forte campanha de marketing - a Microsoft desembolsou US$ 10 milhões em publicidade -, "Halo 3", que chegou às prateleiras em 25 de setembro, arrecadou US$ 300 milhões na primeira semana, com 3 milhões de cópias vendidas. Nos EUA, o jogo movimentou US$ 170 milhões, tornando-se o lançamento de entretenimento mais importante da história até então, superando a estréia de "Homem-Aranha 3" nos cinemas e a chegada de "Harry Potter e as Relíquias da Morte" às livrarias. No Brasil, jogo foi lançado totalmente em português.
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"Halo 3" encerra a trilogia de Master Chief que começou no Xbox.






Semanas após o lançamento de "Halo 3", a Bungie Studios anunciou a decisão de se tornar uma produtora independente e separou-se da Microsoft. Esta, contudo, manteve os direitos sobre a franquia best-seller - além de, eventualmente, garantir a possibilidade de distribuir eventuais novas propriedades intelectuais da Bungie.
Em novembro, foi a vez de "Super Mario Galaxy" chegar, para alegria dos fãs do bigodudo, afinal, desde o Game Cube o personagem não recebia uma aventura. A recepção no Wii, contudo, foi morna, com 500 mil cópias vendidas na primeira semana nas lojas.

Para os fãs de games de tiro, o ano foi dos mais movimentados: além de "Halo 3", teve "Metroid Prime 3", no Wii, e o sofisticado "Crysis", para PC. Mas foram os surpreendentes "BioShock" e "Portal" (integrante do pacote "The Orange Box"), ambos títulos para PC, PS3 e Xbox 360, que roubaram a cena, conquistando os a crítica especializada e o público. Para completar, após seis anos de hiato, um novo trailer de "Duke Nukem Forever" foi divulgado.

MEGA DRIVE PORTÁTIL
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Em uma iniciativa inovadora, a Tectoy lançou uma versão portátil do Mega Drive, console que chegou às lojas japonesas originalmente em 1988 e, ao lado do Super Nintendo, consagrou a era dos 16 bits. O aparelho de bolso, que custa R$ 199, não tem entrada para cartucho, ficando restrito aos 20 jogos que vêm na memória.
No Brasil, o evento SBGames 2007, que aconteceu em São Leopoldo (RS), marcou o anúncio de um programa de apoio da Sony às universidades e produtoras do país. A idéia é habilitar estudantes e profissionais a desenvolver para a plataforma PlayStation - inicialmente, PS2 e PSP. O acontecimento foi marcante à medida que a Sony, historicamente, nunca deu muita bola para o Brasil.

Enquanto o final de ano não foi dos mais felizes para a Atari, que viu seu executivo-chefe David Pierce deixar a companhia e decidiu, na América do Norte, abandonar a produção de games, focando-se apenas na publicação e distribuição, Activision e Vivendi Games anunciaram uma fusão histórica, que criou a maior maior publisher de jogos do mundo. A nova empresa, chamada Activision Blizzard, passou a atual líder do mercado, Electronic Arts.

Foi um ano marcado pelo domínio da Nintendo, que voltou à liderança do mercado de consoles graças ao fantástico desempenho do Wii, que conquistou pessoas de todos os perfis e idades, tornando-se uma espécie de fenômeno pop - com menos de um ano no mercado, vendeu no Japão mais que o GameCube em toda a sua vida. Nos Estados Unidos, achar um Wii nas prateleiras era uma tarefa das mais árduas.

ANIVERSÁRIOS DE 2007
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O eterno "Duke Nukem Forever" reapareceu em um breve vídeo em dezembro
10 anos do anúncio de "Duke Nukem Forever"
20 anos da série "Metal Gear"
35 anos do Odyssey
Caminho semelhante traçou o Nintendo DS, cuja performance o credenciou definitivamente como uma plataforma capaz de galgar o posto de videogames mais popular do mundo, ultrapassando seu antepassado, o Game Boy. No Japão, onde o aparelho chegou a históricas 20 milhões de unidades, o DS parece evaporar das prateleiras. E bateu recorde atrás de recorde: só em 2007, foram mais de 6 milhões comercializados nos EUA.

Nunca jogou-se tanto por música quanto em 2007, graças à chegada de "Guitar Hero III" e de "Rock Band". Basta dizer que "Guitar Hero" foi a franquia mais vendida do ano e, embora pouquíssimas unidades de "Rock Band" tenham sido colocadas nas prateleiras, o título desenvolvido pela Harmonix em parceria com a Electronic Arts mostrou como tirar as bandas da garagem e colocá-las na sala de estar. Controles em forma de guitarra e bateria mudaram o jeito de interagir com os games.
2008


ANIVERSÁRIOS DE 2008
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Console de maior sucesso da Sega, o Mega Drive completouduas décadas de vida
20 anos da série "Ninja Gaiden"
15 anos do Atari Jaguar
15 anos do videogame 3DO
10 anos do Dreamcast, da Sega
10 anos da série "Half-Life"
Normalmente, início de ano é uma época de calmaria para a indústria de games, mas no Brasil a paz foi quebrada logo em janeiro pela proibição da comercialização de "Counter-Strike" e "EverQuest", em decisão proferida pelo Juízo da 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais. Citando o Código de Defesa do Consumidor, o Procon considerou os jogos "impróprios para o consumo, na medida em que são nocivos à saúde", e fez buscas para recolhê-los de lojas e lan houses. Meses depois foi a vez de "Bully" ser proibido no Rio Grande do Sul pelo Ministério Público local.

Durante a Game Developers Conference, em fevereiro, nos Estados Unidos, gigantes como Microsoft, Intel, AMD, Nvidia e Activision Blizzard anunciaram a formação da PC Gaming Alliance (PCGA), cujo objetivo é fazer a plataforma, ofuscada pelos consoles, voltar a brilhar - em 2007, o computador representou apenas 14% do total das vendas de games. Ainda assim, 2008 foi um ano de poucos destaques exclusivos para PC, que viu a chegada de "Spore", simulador de vida de Will Wright, e de "Wrath of the Lich King", segunda pacote de expansão para "World of WarCraft".


Por falar no MMO da Blizzard, o inabalável "World of WarCraft" atingiu a marca de 11 milhões de assinantes e chegou a países como a Rússia, mas continuou fora do Brasil. Por outro lado, títulos como "Age of Conan" e "Warhammer Online", de Funcom e Electronic Arts, respectivamente, chegaram para tentar abocanhar usuários do game. Mas a missão era um tanto ingrata, já que "Warth of the Lich King", com 2,8 milhões de cópias vendidas em 24 horas, tornou-se o jogo para PC mais rapidamente vendido da história até então, superando o feito da expansão anterior.


Os primeiros meses do ano foram de poucos lançamentos, mas a chegada de "Devil May Cry 4" e do curioso "Patapon", exclusivo do PSP, em fevereiro, abriram a porteira: no mês seguinte, o portátil da Sony recebeu "God of War: Chain of Olympus" e o Wii, por sua vez, viu a chegada do ansiado "Super Smash Bros. Brawl", que colocou personagens com Sonic, Solid Snake e Mario para brigar nas arenas do console.

Em abril foi a vez de "Grand Theft Auto IV", estréia da franquia da Rockstar Games no PlayStation 3 e Xbox 360, que desbancou o livro "Harry Potter e as Relíquias da Morte" e transformou-se no maior lançamento de entretenimento de todos os tempos, deixando para trás inclusive games, filmes, e outros livros. Foram 3,6 milhões de unidades vendidas no primeiro dia nas lojas, gerando US$ 310 milhões - "Halo 3", recordista anterior entre os games, conseguira US$ 170 milhões em 2007.


Foi um ano difícil para algumas produtoras, como a Tecmo, que viu o polêmico Tomonobu Itagaki, produtor de séries como "Ninja Gaiden" e "Dead or Alive", pedir demissão do estúdio interno Team Ninja e ingressar com uma ação contra a distribuidora acusando-a de não pagar gratificações. A Tecmo, por sua vez, rebateu Itagaki dizendo ter sido mal-interpretada e criticando Itagaki por levar todo o crédito pelos títulos produzidos pelo restante do Team Ninja. Por causa do imbróglio, as ações da Tecmo chegaram a cair mais de 10%. Meses depois, a empresa anunciou uma fusão com a Koei.


IPHONE ENTRA NA BRIGA
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Com o lançamento do iPhone 3G, a Apple ingressou no mercado de portáteis. Para se ter uma idéia, Neil Young, que era executivo da Electronic Arts, deixou a companhia e fundou a ngmoco, dedicada à produção de games para iPhone e iPod - Gameloft, Square Enix e a própria EA foram outras companhias que, logo de cara, investiram nos aparelhos. Além de um hardware capaz de performances comparáveis a dos DS e PSP, o iPhone conta ainda com câmera e GPS.
Já LucasArts e Electronic Arts demitiram 500 funcionários cada uma. Enquanto a produtora de George Lucas procurou encarar a decisão como algo normal, conseqüência do que chamou de "ciclo de projetos", a EA culpou o prejuízo líquido de US$ 310 milhões no 2º trimestre do ano fiscal de 2008, além dos efeitos da crise financeira que se espalhou pelo mundo durante o ano. A Midway, por sua vez, amargou prejuízo acima do esperado, fechou um estúdio em Los Angeles, cancelou, projetos e demitiu cerca de 90 funcionários.

A situação pioraria até o final do ano: a Midway, ameaçada de falência, voltou a demitir - desta vez, 180 funcionários, o equivalente a 25% da força de trabalho da companhia. A Electronic Arts interrompeu planos de expansão no Canadá, reduziu o número de lançamentos do ano seguinte, anunciou o fechamento de nove estúdios internos (incluindo a EA Black Box, de "Need for Speed" e "Skate") e terminou 2008 com a demissão de, no total, 1.000 empregados, o equivalente a 10% de sua força de trabalho na época. A Sony, por sua vez, colocou 8.000 funcionários no olho da rua.

No mês de maio, a Nintendo levou "Wii Fit" às prateleiras e, mais uma vez, causou alvoroço na mídia e entre os não-jogadores. Graças ao aplicativo de ginástica, um dos produtos mais procurados do Natal, muita gente sem tempo para freqüentar academias passou a praticar exercícios com a ajuda da Balance Board.

Em um ano de acontecimentos importantes para a indústria nacional de games, o anúncio da instalação de um estúdio da Ubisoft em São Paulo, no mês de junho, foi certamente o mais importante deles. Cerca de 20 profissionais foram contratados para trabalhar no primeiro projeto da filial, dirigida por Bertrand Chaverot: um título da série "Imagine", para Nintendo DS, voltada a meninas entre 8 e 14 anos (o chamado público "tween", mistura dos termos "teen" e "between").

DivulgaçãoTemporada de lançamentos começou mais cedo, com "Metal Gear Solid 4" (PS3);...Divulgação
...mais para o final do ano, "Guitar Hero: World Tour" chegou para competir com "Rock Band";...
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..."LittleBigPlanet" foi uma das melhores escolhas do PS3...
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...e no Xbox 360, o explosivo "Gears of Wars" ganhou continuação

Em 12 de junho, como se sabe, celebra-se o Dia dos Namorados, mas para os proprietários do PS3 a data marcou outra comemoração: a chegada de "Metal Gear Solid 4", cujas vendas - 4,5 milhões de unidades em 2008 - ajudaram a impulsionar os lucros da Konami. Novamente, Hideo Kojima se superou, fechando com chave de ouro a saga por ele criada.

Em julho, foi realizada talvez uma das edições mais insossas da E3, que não contou com a participação de Activision, Vivendi Games, LucasArts e Id Software - todas deixaram a ESA (Entertainment Software Association), organizadora do evento. O resultado? Poucas novidades. A maior foi o anúncio de "Final Fantasy XIII", até então cotado como exclusivo do PS3, para Xbox 360. A Nintendo, por sua vez, revelou o Wii MotionPlus, acessório para o Wii Remote que melhora a sensibilidade e precisão do controle. Já a Sony anunciou a redução de US$ 100 no preço do modelo de 80 GB de PlayStation 3, que passou a custar US$ 400. O pacote substituiu o modelo de 40 GB, mantendo todas as suas funções.

Muito pouco para aquela outrora conhecida como a principal e maior feira de games do mundo. A manutenção do formato enxuto - em 2008, foram 39 expositores e cerca de 5.000 convidados - gerou duras críticas de produtoras como Electronic Arts e Nintendo. Meses depois, a ESA anunciou que, no ano seguinte, a E3 voltaria ao antigo formato, para dezenas de milhares de visitantes e com estandes superproduzidos.

A sinergia entre a música e os games deu show: os lançamentos de "Rock Band 2" e "Guitar Hero: World Tour", de Electronic Arts e Activision, respectivamente, sedimentou um gênero que caiu nas graças do público. Se em 2007 ambas as franquias arrecadaram US$ 1 bilhão, a expectativa para as continuações era ainda melhor. Jimi Hendrix, The Who e Guns n' Roses foram alguns dos ícones do rock que pintaram nos games musicais. Enquanto "Rock Band 2" apostou em uma lista mais eclética, de Duran Duran a Bob Dylan, "Guitar Hero: World Tour" incorporou bateria e microfone à brincadeira. Nintendo e Konami tentaram pegar carona na onda, com "Wii Music" e "Rock Revolution", mas não obtiveram muito sucesso.

Em setembro, a Microsoft anunciou o fechamento da Ensemble Studios logo após o término do desenvolvimento de "Halo Wars", para Xbox 360. O estúdio, comprado pela Microsoft em 2001, estava trabalhando também em um MMO de "Halo" e se disse chocado com a decisão que, "motivada por questões fiscais, não foi fácil", segundo a fabricante do console.


Conforme analistas previam e materiais publicitários deixaram escapar, o preço do Xbox 360 foi cortado: o modelo Arcade, sem disco rígido, passou a custar US$ 200, enquanto o Pro, incorporando HD de 60 GB, ficou por US$ 300. Por fim, o Elite, preto e com 120 GB de HD, passou a valer US$ 400. No Brasil, o console, com 60 GB, cabo HDMI e dois jogos inclusos - "Too Human", "Project Gotham Racing 4" -, ficou por R$ 1899. O valor contudo, foi para R$ 2399 em novembro, graças à alta do dólar.

Pelo mundo, o Brasil foi reconhecido enquanto mercado e citado por empresas como Nintendo e Sony, muito embora não da forma que os jogadores gostariam. Reggie Fils-Aime, presidente da Nintendo of America, reconheceu que o país tem potencial para ser o maior mercado da América Latina, mas deixou claro que isso não vai acontecer enquanto a carga tributária permanecer tão alta. Em plena era do PS3, a Sony, por sua vez, obteve autorização para fabricar o PlayStation 2 em território nacional, anunciado o lançamento local da plataforma para 2009.

Mesmo com 194.288 visitantes, recorde de público para a Tokyo Game Show, a tradicional feira de games japonesa, realizada em outubro, teve uma edição discreta em 2008, com pouquíssimas novidades e focada nos lançamentos do final do ano. Sobrou espaço para discussões acerca da crise no mercado de games local que, segundo o próprio tema do evento, precisa pensar de forma global para voltar aos tempos de glória. Executivos de produtoras como Square Enix, Capcom e Namco-Bandai, admitiram que o Japão não é mais o principal pólo criador de games, mas mostraram confiança ao dizer que a crise será superada.

Disponíveis no mercado desde 2004, PSP e DS receberam novas edições: o PSP-3000 investiu na tela, com melhor contraste e anti-reflexo, especialmente útil em locais externos e muito iluminados, além do microfone interno, cujo objetivo foi estabelecer o portátil como dispositivo de comunicação, principalmente para os interessados em usar o Skype; já o DSi apresentou duas minicâmeras e uma entrada para cartão de memória padrão SD, que permitiu o download de software para o aparelho.

A Tectoy escolheu o mês de novembro para revelar o Zeebo, videogame desenvolvido em parceria com a Qualcomm, e que tem na alça de mira os países emergentes. Fabricado nas instalações da companhia em Manaus e com lançamento programado para 2009, o aparelho não utiliza mídia física: todos os games serão armazenados no HD do aparelho, e baixados através de uma rede 3G proprietária, a ZeeboNet3G. Com potencial semelhante ao do PlayStation 2, o Zeebo recebeu suporte de grandes publishers, como Capcom, Sega, Activision, 3D Realms, Id Software e Electronic Arts.

Que final de ano é prolífico em lançamentos, isso já se sabe, mas a safra de 2008 foi admirável, com direito a continuações de best-sellers de anos anteriores - "Gears of War 2" e "Resistance 2" -, que se mostraram maiores e melhores, e clássicos que voltaram à tona em grande forma, como o remake de "Chrono Trigger" para DS e "Fallout 3", para PC, PS3 e Xbox 360. Já "Call of Duty", game mais vendido em 2007, retornou à Segunda Guerra Mundial em "World at War", enquanto o RPG "Fable 2", de Peter Molyneux, englobou uma vida inteira dentro do Xbox 360.

"TABULA RASA" NO ESPAÇO
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Richard "British" Garriott, criador de "Ultima", foi o 6º turista a pagar cerca de US$ 30 milhões para viajar ao espaço. Garriott ainda concretizou uma campanha de marketing em torno de "Tabula Rasa", sua mais recente criação na época, mas nem isso salvou o RPG online do fracasso: a NCSoft, empresa que o produtor já havia deixado, anunciou a desativação dos servidores do game.
Houve espaço também para o surgimento de franquias inéditas, como "Dead Space", competente "survival horror" da Electronic Arts, e "LittleBigPlanet", título para PlayStation 3 que apresentou o mascote "sack boy" e primou por explorar a criatividade dos usuários na criação de conteúdo.

Foi um ano pródigo para os "indies" que, sem muito alarde, contaram com a ajuda de serviços virtuais como a Xbox Live e o WiiWare para divulgar suas criações. Os cavaleiros de "Castle Crashers" e os quebra-cabeças de "Braid", ambos para Xbox 360, caíram nas graças da crítica e do público. Foi assim também com "World of Goo", para PC e Wii, que usou a criatividade para divertir - e muito.

No final do ano, a Microsoft liberou a atualização New Xbox Experience para a Live, rede online do Xbox 360. A principal novidade era a possibilidade criar um avatar 3D, e depois se reunir com até oito pessoas para conversar e jogar. A navegação também ganhou elementos tridimensionais e os jogos, por sua vez, opção de instalação no disco rígido.

Pouco depois, em dezembro, foi a vez da Sony, enfim, inaugurar a sua comunidade virtual, a PlayStation Home, ainda que em forma de beta aberto. No mundo virtual para o PS3, , o jogador é representado por um avatar, que pode ser personalizado da aparência à constituição física, sem falar nas roupas e acessórios. Cada "habitante" tem um apartamento e pode circular também por áreas públicas, inclusive algumas temáticas, inspiradas em jogos ou mesmo produtoras. É possível não apenas interagir com outras pessoas, mas também jogar minigames.

Entre as fabricantes de consoles, 2008 foi caracterizado pela grande superioridade da Nintendo, principalmente nos EUA, onde chegou a vender dois milhões de unidades do Wii, líder entre os consoles, no mês de novembro, o que, junto com as também fortes vendas do Nintendo DS, gerou uma arrecadação de US$ 500 milhões. Ainda por lá, o Xbox 360, embalado pelo corte no preço, manteve-se à frente do PlayStation 3. Se o console da Sony definitivamente não engrenou no Ocidente, ao menos a companhia viu o portátil PSP ficar entre os primeiros no Japão, boa parte graças a "Monster Hunter Portable 2nd G". O Wii também foi campeão entre os consoles em terras nipônicas, e o Nintendo DS, junto com o novo DSi, ficou no mesmo patamar do PSP.